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3º Chamamento da Subvenção Econômica: Prefeitura divulga lista final de projetos que receberão apoio da Prefeitura para obras de retrofit no centro
Publicado em:
10/10/2025 12:22
Atualizado em:
10/10/2025 12:22
3º Chamamento da Subvenção Econômica: Prefeitura divulga lista final de projetos que receberão apoio da Prefeitura para obras de retrofit no centro
Empreendimentos de habitação social e prédios históricos, como o Copan, o Martinelli e o antigo prédio da Telesp, estão entre os 16 contemplados pela iniciativa

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL), publicou nesta quarta-feira (08), no Diário Oficial da Cidade, a lista final dos empreendimentos contemplados no 3º Chamamento Público da Subvenção Econômica — programa que cobre até 25% do custo das obras de retrofit de edifícios antigos no centro da capital. Acesse a lista aqui.

Dos 19 projetos inscritos, 16 foram aprovados pela Comissão Especial de Avaliação e convocados para assinar termos de outorga com o Município. Entre eles, estão iniciativas voltadas à habitação de interesse social e à requalificação de edifícios históricos, como o Copan, o Edifício Martinelli e o antigo prédio da TELESP, extinta empresa de telecomunicações da cidade. Também estão incluídos projetos de arquitetos renomados e empreendimentos que cederão suas empenas para a instalação de arte urbana como parte do Museu de Arte de Rua – MAR.

A Lei nº 17.844/2022, que institui a Área de Intervenção Urbana (AIU) do Setor Central, autoriza o Poder Executivo a promover chamamentos públicos para conceder subvenções econômicas. Com investimento total previsto de R$ 1 bilhão, a medida visa impulsionar a requalificação de imóveis no perímetro do Programa Requalifica Centro (Lei nº 17.577/2021). Neste terceiro chamamento, a Prefeitura disponibilizou o valor recorde de R$ 200 milhões para cobrir até 25% dos custos das obras de retrofit.

Dos 16 projetos credenciados, quatro contemplam unidades de habitação de interesse social (HIS): um para famílias com renda de até três salários-mínimos (HIS-1) e três para aquelas com renda de até seis salários-mínimos (HIS-2).

O edifício localizado na rua José Bonifácio, 104, por exemplo, atingiu o percentual máximo de subvenção e, para além dos critérios pontuados na subvenção, ainda terá unidades destinadas a mulheres em situação de vulnerabilidade e vítimas de violência doméstica. Outros dois empreendimentos de destaque — o Dom José de Barros, 177 e o Rego Freitas, 57-73, também se aproximaram do limite de subvenção, com percentuais superiores a 22%. O Edifício Princesa Isabel, na Avenida Rio Branco, 749, 753 e 759, completa o grupo de quatro projetos da lista voltados à moradia popular.

A definição dos percentuais para os projetos credenciados neste chamamento público levou em conta o uso do imóvel, a valorização do patrimônio histórico, além de elementos relacionados à integração do projeto com a dinâmica urbana e o uso de tecnologias e procedimentos sustentáveis.

Decreto impulsionou projetos de moradia popular, participação de condomínios e intervenções artísticas

O apoio à requalificação foi aprimorado em março deste ano com a publicação do Decreto nº 64.092/2025, que fortaleceu os incentivos ao retrofit, especialmente voltados à moradia popular. Com base na análise dos chamamentos anteriores, o decreto passou a permitir a participação de condomínios e aperfeiçoou os critérios de pontuação e desempate dos projetos. Outra inovação foi o incentivo a edificações que cederem espaço para intervenções artísticas nos moldes do Museu de Arte de Rua (MAR).

Os projetos subvencionados demonstram a efetividade das novas regras. Além dos projetos de moradia popular, destacam-se entre os subvencionados edifícios históricos, inclusive condomínios residenciais, como os icônicos Copan e Edifício Martinelli. Merece menção o Edifício 7 de Abril, que já foi sede da antiga empresa de telecomunicações TELESP. Outros exemplos relevantes são o Residencial Cambridge, na Consolação, que já funcionou como hotel de luxo na década de 1950, e o Edifício H Lara, na Praça Antônio Prado, construído em 1959 pela família Toledo Lara, herdeira do Conde de Lara, à época o segundo maior proprietário de imóveis no centro da cidade.

Há também outros projetos assinados por arquitetos renomados, como Ramos de Azevedo — exemplo é a atual sede do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU-SP), localizada na Rua Quinze de Novembro —, Rino Levi, autor do Edifício Líbero Badaró, na rua de mesmo nome, e Jacques Pilon, responsável pelo Edifício Anhumas, na região da República.
Boa parte dos empreendimentos aderiu ao novo incentivo do decreto de março, cedendo gratuitamente suas empenas para o projeto MAR, da Secretaria Municipal de Cultura. A iniciativa promove a instalação de murais artísticos — como grafites — em fachadas, empenas e muros, fortalecendo a identidade cultural da cidade e valorizando a arte urbana.

De acordo com a ordem de priorização estabelecida pelo Relatório Final do Chamamento, os empreendimentos foram convocados para as tratativas das assinaturas dos termos de outorga com o Município. O pagamento da subvenção será feito em parcelas, conforme o avançar das obras. Importante destacar que o acordo firmado com o Município não exime o interessado de providenciar todos os alvarás e autorizações necessários para a implantação do projeto.

Em troca da subvenção, a Prefeitura exigirá do empreendedor o compromisso com a manutenção da categoria de uso do imóvel por um período de dez anos. As obras de requalificação deverão, ainda, respeitar exigências de sustentabilidade aplicadas em obras públicas.

Entenda a iniciativa

Com foco na habitação social, a Prefeitura destinará 60% do total de R$ 1 bilhão para projetos voltados à moradia de famílias com renda de até 3 salários-mínimos (HIS-1) e entre 3 e 6 salários-mínimos (HIS-2). Outros 15% serão alocados para projetos de habitação para famílias com renda de até 10 salários-mínimos (HMP), e 15% para iniciativas voltadas a outras faixas de renda. Os 10% restantes serão destinados a projetos não residenciais. Esses percentuais são fixos e não podem ser transferidos para outras categorias de uso, sendo definidos com base nas pontuações dos projetos apresentados pelos interessados.

Nos editais anteriores, lançados em novembro de 2023 e maio de 2024, cada chamamento contou com um aporte de R$ 100 milhões. Até então, 15 projetos de requalificação haviam sido credenciados, sendo três no primeiro chamamento e 12 no segundo. Destes, dois edifícios serão destinados exclusivamente a famílias com renda mensal de até três salários-mínimos (HIS-1). É possível consultar, de forma georreferenciada, o endereço da edificação, qual seu uso, e o valor e percentual da subvenção no Portal GeoSampa. Além disso, todas as informações sobre este e os demais chamamentos estão disponíveis no site: https://subvencao.prefeitura.sp.gov.br/.

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